• Calourada 2009/2
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Florestan e Glauber, muitas ideias na cabeça

No dia 10 passado, o Brasil completou 15 anos sem o grande Florestan Fernandes.  A edição de setembro da Revista Fórum traz um panorama de sua vida.



Baixe o documentário sobre esse intelectual.



E dia 22 fizemos 29 anos sem Glauber Rocha.







Dois pensadores que mergulharam na cultura brasileira e deixaram obras de referência para o país.

Veja aqui como ajudar a Escola Nacional Florestan Fernandes. Educação e cultura não podem continuar a ser vistos como mercadoria.
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Vestibular 2010/2, inscrições abertas

Inscrições abertas para o vestibular 2010/2


Estão abertas até 23 de abril as inscrições para o 2º Vestibular 2010 e para o Processo de Seleção na modalidade a distância da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). As inscrições, no valor de 80 reais, devem ser realizadas pelo site da Universidade.

As provas da 1ª e 2ª etapa acontecem nos dias 19 e 20 de junho, das 14h às 18h, em 20 cidades: Alterosa, Belo Horizonte, Divinolândia de Minas, Governador Valadares, Ipatinga, João Monlevade, Juiz de Fora, Lagamar, Mariana, Montes Claros, Ouro Preto, Pouso Alegre, Salinas e Uberlândia, em Minas Gerais. Em São Paulo, nas cidades de Itapevi, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e São José dos Campos. Haverá provas também em Vitória (ES) e em Mata de São João (BA). As provas de aptidão específica (3ª etapa) para o curso de Artes Cênicas acontecem em Ouro Preto, nos dias 16, 17 e 18 de julho.

As avaliações são de múltipla escolha com pesos diferentes de acordo com o curso pretendido. Na primeira etapa os candidatos farão as Provas de Conhecimentos Gerais em Física, Química, Biologia, História e Geografia (12 questões de cada). A segunda etapa consiste em 16 questões de Matemática, Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; oito de Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol) e a Prova de Redação.

Os candidatos aos cursos a distância escolherão, além do local de prova, o pólo de apoio presencial em que disputarão a vaga.
Nesse Processo Seletivo, os candidatos aos cursos presenciais e a distância farão a mesma prova, inclusive os participantes do Programa de Ações Articuladas (PAR). Não haverá aproveitamento da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nem provas discursivas.

A UFOP oferece 1.384 vagas em 35 cursos presenciais e 1.665 vagas em três cursos a distância.

As graduações presenciais na modalidade bacharelado são:

- Administração
- Arquitetura e Urbanismo
- Artes Cênicas
- Ciência da Computação
- Ciência e Tecnologia dos Alimentos
- Ciências Biológicas
- Ciências Econômicas
- Comunicação Social (Jornalismo)
- Direito
- Engenharia de Controle e Automação
- Engenharia Ambiental
- Engenharia Civil
- Engenharia de Computação
- Engenharia de Minas
- Engenharia de Produção
- Engenharia de Produção
- Engenharia Elétrica
- Engenharia Geológica
- Engenharia Mecânica
- Engenharia Metalúrgica
- Estatística
- Farmácia
- Filosofia
- História
- Letras
- Medicina
- Museologia
- Nutrição
- Serviço Social
- Sistemas de Informação
- Turismo

Os cursos presenciais na modalidade licenciatura são:

- Ciências Biológicas
- Educação Física
- Filosofia
- História
- Letras
- Pedagogia
- Química

As graduações a distância, distribuídas em 20 cidades-pólo, são:

- Administração Pública (Bacharelado)
- Matemática (Licenciatura)
- Pedagogia (Licenciatura)

A UFOP utilizará a Política de Ação Afirmativa, assegurando 30% das vagas de cada curso para egressos de escola pública (candidato que cursou integralmente os três anos do ensino médio regular em escola pública brasileira). Os candidatos vindos de escolas públicas recebem a redução de 50% da taxa do vestibular automaticamente no ato da inscrição.
Confira as obras literárias exigidas para as provas de Português e Literatura Brasileira:

MACHADO, Dyonelio. Os ratos. São Paulo: Planeta do Brasil, 2004.

MEIRELES, Cecília. Solombra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

PENA, Martins. Os dous ou O Inglês maquinista. São Paulo: Civilização Brasileira, 2000.



Os editais referentes ao processo seletivo estão disponíveis no site do Vestibular UFOP
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VEJA, opinião pouco original

Em matéria publicada esta semana - edição 2159/ 7 de abril de 2010, revista VEJA expõe opinião sobre ensino superior público no Brasil, evidenciando as novas instituições federais.

Abaixo da matéria, respostas das Federais do Recôncavo Baiano e do ABC paulista.




Pecados pouco originais

Com vagas ociosas e ingerências indevidas, as novas federais nascem com os mesmos problemas do caro e ineficiente ensino superior público brasileiro.

As universidades públicas brasileiras tradicionais, com as honrosas exceções de sempre, apresentam produção científica modesta e um dos mais elevados custos por aluno do planeta. Suas coirmãs mais novas criadas nos últimos anos vieram ao mundo com defeitos de mesma natureza. Muitas dessas universidades têm quadros de professores inflados, salas de aula praticamente vazias e taxas de evasão que fazem refletir sobre sua real utilidade. Elas se parecem com as escolas mais maduras até mesmo na coexistência de ilhas de excelência com escolas de desempenho sofrível. Oito dessas novas instituições já tiveram cursos avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, o Enade. Em cinco delas, em uma escala de 1 a 5, as notas foram excelentes, beirando o limite superior. Nesse patamar se destacam a Escola de Ciências da Saúde de Porto Alegre e a Tecnológica do Paraná. Duas escolas ficaram com a nota 3, e com a pior avaliação, a nota 1, aparece a Federal do Recôncavo da Bahia.


Um levantamento de treze instituições inauguradas a partir de 2005 revela que o número de vagas ociosas gira em torno de 20%, chegando a atingir 40% – mais de quatro vezes a média das federais que funcionam há mais tempo. Tome-se o exemplo da Universidade Federal do ABC, na cidade de Santo André, em São Paulo. Ali se está diante de um caso de inoperância difícil de ser superado. Desde que ela abriu as portas, em 2006, nenhum reitor ficou no cargo mais de um ano. A evasão escolar chegou a 46%. Esse desastre ocorre em uma instituição onde cada grupo de seis alunos conta com um professor – um luxo que não se pode achar nem nas mais caras escolas superiores privadas dos países mais ricos do mundo. Quem paga o descalabro? Você, leitor, com os impostos que lhe consomem o suor do rosto durante cinco dos doze meses do ano. Confrontado com o cenário absurdo, Júlio Facó, assessor da reitoria, minimiza o problema: "O que falta à universidade é consolidar o nome, e só".

A Federal do ABC é uma das treze universidades cuja faixa inaugural foi cortada pelo presidente Lula – quatro delas criadas do zero e as outras nove, que já funcionavam como faculdades, alçadas à condição de universidade ao cabo de processos de expansão. A imponência dos prédios contrasta com a alta ociosidade nas salas de aula. Isso se deve ao fato de que muitas das escolas foram erguidas em regiões de demografia rarefeita ou distantes de sua clientela potencial. A Universidade do Recôncavo da Bahia é um exemplo disso. Ela foi instalada em Cruz das Almas, cidade de 57 000 habitantes. Em um país como o Brasil, em que das 5 565 cidades cerca de 500 possuem população acima de 50 000 habitantes, Cruz das Almas não pode ser classificada como uma localidade erma. Com apenas 800 jovens matriculados no ensino médio, a cidade da Bahia, nacionalmente famosa por sua temerária "guerra das espadas", travada durante os festejos de São João, não tem densidade educacional para abastecer de alunos uma universidade. Diz o consultor Ryon Braga: "A demanda real, na maioria dos casos, foi solenemente ignorada".

O tipo de curso oferecido por essas instituições é outro fator que contribui para o desperdício dos impostos e a imensa ociosidade. As novas federais têm como um dos focos a formação de professores, uma carreira nobre, necessária, mas que atrai apenas 2% dos jovens brasileiros que concluem o ensino médio. O reitor Dilvo Ristoff, da Universidade Federal da Fronteira Sul, sediada em Chapecó, em Santa Catarina, dá voz ao pensamento oficial: "É um dever patriótico oferecer cursos de licenciatura". Dever mesmo seria conseguir alunos. Oito cursos de licenciatura da escola do professor Ristoff não tiveram sequer um candidato por vaga na sala de aula. A Federal do ABC, por seu turno, surgiu para atender a uma demanda dos sindicatos da região, que hoje se fazem presentes na universidade em mais de uma frente. Além de organizarem debates no núcleo de ciência e tecnologia, eles influenciam projetos de pesquisa. No município de Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná, a federal da Fronteira Sul, que funciona em outros quatro endereços, fincou um câmpus próximo a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na semana passada, durante a aula inaugural dos cursos de educação do campo e de desenvolvimento rural, ambos de nível superior, agitavam-se bandeiras do movimento aos gritos de "Viva o MST". Será preciso aferir com frequência a qualidade do ensino oferecido por essas instituições sob pena de que elas sirvam apenas de foco de apoio logístico a invasores de terras.

Ninguém discorda de que é imperativo para o país ampliar o acesso ao ensino superior, em que só ingressa hoje um de cada quatro jovens – um terço da média registrada nos Estados Unidos. Sabe-se que 50% dos alunos brasileiros que se formam no ensino médio a cada ano, um grupo de 1,2 milhão de estudantes, estão longe da sala de aula porque não conseguiram vaga numa faculdade pública, tampouco têm dinheiro para arcar com uma particular. A questão que se coloca é como incluí-los de forma menos dispendiosa e mais eficaz. As universidades públicas brasileiras, afinal, chamam atenção no mundo inteiro por dragar altas somas de dinheiro. Cada aluno custa à União 13 000 dólares por ano. Esse valor, em relação ao PIB per capita do país, é o triplo do custo por estudante nos países da OCDE (organização que reúne os mais desenvolvidos), que oferecem, por sua vez, um ensino muito melhor. O dado se torna ainda pior se confrontado com a produção acadêmica, quesito em que o Brasil responde por apenas 1,8% das citações em revistas de relevo internacional. Até hoje, nenhum pesquisador brasileiro foi agraciado com um Prêmio Nobel, ao passo que os argentinos, por exemplo, já levaram cinco. Resume o economista Claudio de Moura Castro, articulista de VEJA e especialista em educação: "Criar novas universidades públicas é reproduzir um sistema de ensino ineficiente, que envolve altos gastos e baixa produtividade".

O programa de expansão das universidades federais do governo Lula, que já criou 63 000 vagas desde 2003, consumiu 1,6 bilhão de reais. Solução menos onerosa, concordam os especialistas, seria fazer uso de pelo menos uma parte de 1 milhão de vagas atualmente ociosas em faculdades particulares, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), do próprio governo federal. Ao conceder bolsas a jovens de renda mais baixa, o ProUni abarca hoje apenas 8% dos egressos do ensino médio que ficam de fora da sala de aula. A experiência internacional enfatiza ainda a relevância de trazer ao debate outra mudança no ensino superior brasileiro, esta radical: cobrar mensalidade em universidades públicas daqueles que podem pagar. Diz o economista Gustavo Ioschpe: "Foi o que tornou financeiramente viável a existência de universidades que primam pela excelência nos países mais desenvolvidos". A questão do acesso à universidade, no entanto, não pode passar ao largo de um problema anterior, o da péssima qualidade do ensino médio, do qual só saem 35% dos jovens que ingressaram nele. Desatar esse nó deveria ser prioritário – mas seria, sem dúvida, bem menos visível para os eleitores do que abrir novas universidades a toque de caixa.

Roberta de Abreu Lima
 
 
 
Respostas
 
UFABC
 
A respeito da reportagem "Pecados pouco originais", publicada na edição da revista "Veja" de 7 de abril, cumpre esclarecer:

1 - A informação de que, na UFABC, "cada grupo de seis alunos conta com um professor" possivelmente foi obtida pela divisão do número de alunos matriculados em 2009 (2617) pelo número de professores que inclui os contratados em 2010 (414). Se as duas informações forem medidas no mesmo instante do tempo, por exemplo, em 2010, então aos 2617 alunos de 2009 há que se somar os 1700 alunos matriculados em 2010. Com isso, o mesmo quociente passa a quase 11 alunos por professor, aproximadamente o dobro do informado na reportagem. Cumpre registrar, todavia, que esses números pouco significam, uma vez que são métricas usualmente empregadas em instituições bem estabelecidas, funcionando em regime estacionário, mas que não servem como referência àquelas em fase transitória, de implantação. A UFABC foi concebida para ter uma relação de um professor para cada grupo de 18 alunos, meta que deverá ser atingida nos próximos cinco anos.

2 - A estranha informação de que, na UFABC, "nenhum reitor ficou no cargo mais de um ano" corresponde rigorosamente ao oposto da verdade factual, já que nenhum reitor ficou no cargo menos do que um ano.

3 - Na transcrição da longa entrevista concedida pelo assessor da reitoria, Julio Facó, à repórter da revista VEJA, está registrado que a evasão do primeiro ano letivo da UFABC, da ordem de 40%, constituiu-se em fato isolado, uma vez que não se repetiu nos anos seguintes. Ela ocorreu, sobretudo, por conta da aprovação dos alunos da UFABC em outras instituições públicas que existem há muitas décadas e que, naturalmente, gozam de reputação mais bem estabelecida do que a então recém-criada UFABC. É esse o contexto da citação da revista "O que falta à universidade é consolidar o nome". Cumpre registrar que esse fenômeno não é novo e nem surpreendente, e que instituições como ITA e UNICAMP, para citar apenas dois exemplos, passaram por circunstâncias idênticas nas suas fases de implantação.

4 - A reportagem não cita a fonte da informação de que nas Universidades Federais brasileiras "cada aluno custa à União 13.000 dólares por ano" nem diz a que ano esse número se refere. Esse número contrasta e é aproximadamente o dobro daquele disponível no portal do MEC (http://portal.mec.gov.br), onde se lê que "na educação superior - graduação e pós-graduação -, o investimento por aluno ficou em R$12.322", dados referentes a 2007. Esclarecendo, os termos "custo por aluno", usado na reportagem, e "investimento por aluno" empregado no portal do MEC são sinônimos e dizem respeito ao mesmo tipo de cálculo. (Veja aqui).

5 - Novamente, a reportagem não cita a fonte da informação de que "o Brasil responde por apenas 1,8% das citações em revistas de relevo internacional" nem diz a que ano ela se refere, tornando difícil qualquer contraponto. Cabe o registro, contudo, que, de acordo com os dados da Incites, da Thomson Reuters, que podem ser encontrados no portal do MCT, entre 2000 e 2008 a produção científica medida pelo número de publicações em revistas internacionais indexadas triplicou (de 10.521 para 30.415) e a participação do Brasil no total dessas publicações dobrou (de 1,3% para 2,6%). Nesse ano de 2008 o Brasil atingiu a 13a colocação no ranking mundial de artigos publicados em revistas especializadas ficando, por exemplo, pela primeira vez na história, à frente da Rússia. (Veja aqui).
6 - Uma vez mais, a reportagem não cita a fonte nem a que ano se refere a informação de que "um de cada quatro jovens" brasileiros ingressa no ensino superior. De acordo com os dados do Instituto de Estatística da Unesco (http://www.uis.unesco.org/), em 2005, ano da lei de criação da UFABC, essa proporção no Brasil era de apenas 16%, enquanto que na Argentina e no Chile elas se aproximavam de 60 e 50%, respectivamente.

Com relação a este último assunto, todavia, cabem algumas reflexões adicionais. A conhecida ociosidade média das vagas disponíveis nas faculdades e universidades particulares brasileiras (em torno de 50%) comprova que a maior barreira de entrada no curso superior que enfrentam os jovens brasileiros já não está no vestibular, mas em dois fatores: o primeiro e principal deles, certamente, é a impossibilidade de pagar pelo curso. E o segundo, mas não menos importante, está no fato de que as escolas privadas, que respondem por mais de 80% das vagas, tendem a oferecer um número muito grande de vagas em cursos de baixo custo de implantação, mas que podem não ser, necessariamente, as mais desejadas pelos alunos que concluem o ensino médio.

A expansão da rede federal de ensino superior é uma forma de enfrentar esse problema. A demonstração de que, mais do que uma política de Governo, essa é uma política de Estado, pode ser aferida pelas palavras do Senador Romeu Tuma (DEM, SP), por ocasião da discussão da lei de criação da UFABC. Membro de um partido que, como é sabido, faz oposição ao governo, o senador paulista pediu a palavra para pedir a aprovação do projeto justificando que ele "é importantíssimo, já que contempla uma região fundamental, do ponto de vista industrial e econômico, para o País e principalmente para o Estado de São Paulo. Além disso, é grande o número de jovens que lá se encontram para entrarem na universidade." O projeto foi aprovado por unanimidade. (Veja aqui).

Concluindo, ainda que nenhum cientista brasileiro jamais tenha ganhado o Prêmio Nobel, é sabido que muitos foram merecedores dele, como o físico César Lattes e o médico Carlos Chagas, para citar apenas dois exemplos.

Finalizando, a UFABC defende e prega as liberdades de idéias e de expressão mas, em harmonia com as cláusulas pétreas da melhor prática científica e dos mais fundamentais valores acadêmicos, defende também que a defesa de idéias e teses se dê com base em verdades factuais e no emprego de dados íntegros, levantados com rigor e precisão. Como visto acima, ao contrário do que se observa na referida reportagem.

Reitoria da UFABC

Assessoria de Comunicação e Imprensa

5/4/2010


UFRB

A UFRB esclarece alguns equívocos cometidos na reportagem “Pecados Pouco Originais”, publicada na edição 2.159 da Revista Veja (primeira semana de abril de 2010):

1) É insólito e inédito o princípio defendido pela Revista Veja de que a demanda de uma universidade é aquela estabelecida pelo município de sua sede. A Bahia tem a segunda pior proporção nacional de matrículas em universidades federais para cada mil habitantes e, por isso, precisa ter o número de universidades públicas ampliado em seu território, inclusive por respeito ao princípio federativo;

2) a UFRB é multicampi e possui centros de ensino em 4 cidades do Recôncavo, (Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas e Santo Antonio de Jesus, além do anexo do CAHL em São Félix), não se restringindo ao município de Cruz das Almas, como afirma a matéria;

3) o projeto de implantar uma instituição pública de ensino superior no Recôncavo da Bahia tem origem no Segundo Império, nos meados do século XIX. Trata-se de uma das primeiras regiões urbanizadas das Américas e, ao contrário do que afirma a reportagem, está entre as regiões mais densamente povoadas do interior do Brasil;

4) a UFRB foi avaliada em 2007, apenas em um curso de graduação, herdado da UFBA. Após avaliações de outras variáveis o Índice Geral de Cursos (IGC) da UFRB foi corrigido para 3 (três), em uma escala que vai de 0 a 5;

5) a foto da sala de aula exibida na reportagem foi tirada de um dos cursos noturnos do campus de Cruz das Almas. Os cursos noturnos passaram a ser oferecidos mais recentemente na UFRB. A imagem publicada não corresponde à dinâmica da realidade da maioria dos cursos da nossa instituição. No que diz respeito aos cursos diurnos, a elevada procura dos mesmos determina inclusive a previsão da construção de novos prédios, fundamental para evitar um colapso na infra-estrutura de apoio às atividades acadêmicas da UFRB.

Recebemos o jornalista da revista Veja, João Figueiredo, no gabinete da Reitoria da UFRB, no dia 31 de março. Na UFRB, priorizamos o atendimento a todos os profissionais de imprensa que nos procuram. Entretanto, não podemos deixar de registrar a nossa surpresa com a forma desrespeitosa e preconceituosa com que esta Universidade foi tratada e com a manipulação grosseira verificada na referida matéria, escrita pela jornalista Roberta de Abreu Lima.

Em sua primeira indagação, felizmente não publicada, o repórter da Veja se referiu à UFRB como um “elefante branco no meio do sertão”. Além de grosseira, a pergunta demonstra um total desconhecimento da realidade brasileira e da geografia de nosso País. Como sabemos, a UFRB está situada no Recôncavo, região, por princípio, litorânea. Noutro momento o jornalista perguntou qual o sentido de uma universidade pública naquele deserto. Explicamos que, segundo historiadores e geógrafos, estávamos numa região de vida urbana notável desde a época colonial. Todas as perguntas foram respondidas, inclusive repetidamente, dada a prática do jornalista de repetir a mesma pergunta duas ou três vezes. A entrevista durou cerca de 90 minutos. As respostas apresentadas sobre os temas abordados na reportagem não foram em quaisquer dimensões incluídas na matéria publicada. Portanto, é difícil entender os motivos de tantos equívocos.

Este é um episódio lamentável. A revista Veja é um poderoso veículo de comunicação e exatamente por isso não tem o direito de desconhecer a história do Recôncavo.

Atenciosamente,

Paulo Gabriel Soledade Nacif

Reitor





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ANEL, por uma outra UNE?

Em matéria - confira abaixo - publicada nesta segunda (29), em seu site, a revista Carta Capital abre espaço para a polêmica, o movimento estudantil ganha uma nova organização ou será mais do mesmo?




Reinvenção à margem da UNE



Assembléia Nacional dos Estudantes se reúne em plenária e segue novas diretrizes


Na tarde do último sábado, 23, em um auditório do maior reduto da direita estudantil paulista, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, 156 estudantes entoavam em bom tom: “nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu, aqui está presente o movimento estudantil!”. Uma plenária havia acabado de terminar. Estava ali formada a primeira Executiva Estadual da história da ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre!).


Embrionada na ocupação da reitoria da USP em maio de 2007 e fundada em congresso com 2 mil estudantes no Rio de Janeiro em 2009, a ANEL se auto-proclama a mais nova e combativa faceta do movimento estudantil brasileiro.


O campo majoritário da entidade é nitidamente dominado pelo PSTU- Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado. Seus quadros variam entre independentes e militantes de partidos e organizações de esquerda. A ampla maioria freqüenta as melhores e maiores Universidade do estado. Afirmam comprometimento na reestruturação das movimentações estudantis sob um ponto de vista de contra-aparelhamento e praticam veemente oposição a atual situação da UNE e a sua relação com a base governista.


A abertura dos trabalhos desta primeira plenária deu-se ainda na parte da manhã. Na mesa, representantes do Conlutas (Cordenação Nacional de Lutas), da Intersindical (Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora) e estudantes secundaristas. Tema em alta, a reaproximação do movimento estudantil e sindical foi assunto constante nos grupos de discussão.

Estes grupos, em debates de alto nível e muito bem organizados, precederam a plenária final e trataram das propostas que encaminhariam à mesa. “Buscaremos refletir no debate as principais lutas que vêm acontecendo no estado, como a greve dos professores, e avançar no sentido de campanhas e propostas que possam organizar a intervenção da ANEL em São Paulo”, diz “Bheatrix”, do grêmio da ETESP em texto de convocação. Alguns militantes preferem não divulgar seus sobrenomes ou usar nomes fictícios em razão da repressão interna que sofrem em suas respectivas universidades.

“Esta plenária tem como objetivo construir campanhas unificadas e apontar um caminho que possibilite a ação dos estudantes na defesa da qualidade do ensino e contra o processo de privatização e sucateamento da educação,” comentou Marcelo Tomasini, diretor do Diretório de Letras e Ciências Humanas do Mackenzie (DAMAC), militante da ANEL e partidário do PSTU.

Era visível a insatisfação de alguns quadros da organização com a íntima ligação entre campo majoritário da ANEL e PSTU. “No estado de São Paulo, infelizmente, os companheiros do PSTU vêm impondo uma dinâmica que não ajuda nem um pouco em transformar a ANEL numa viva ferramenta de luta dos estudantes”, diz “Tati”, coordenadora do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp (CACH), em texto publicado no jornal A Plenos Pulmões, editado pela organização.

Diferenças à parte, a plenária obteve sucesso. Sete representantes foram eleitos. De maneira saudável, entre teses e idéias, com debates acalorados num ambiente de respeito mútuo e unidade, todas as vertentes da organização estavam representadas na diretoria executiva. Inclusive o movimento secundarista.

Os pontos de consenso da plenária, que devem nortear as movimentações da ANEL em São Paulo neste ano, vão da ajuda ao Haiti - com críticas a ocupação militar da ONU – ao apoio na mobilização dos professores da rede pública paulista. São também colocados em pauta a campanha do Passe Livre (referente ao transporte público) e problemas internos das universidades, como a melhoria das moradias universitárias e a retirada dos processos de sindicância que alguns alunos sofrem desde as mobilizações de 2007.

Como forma de combater o aparelhamento do movimento estudantil e buscando a organização, a ANEL sugere assembléias nacionais a cada dois meses. Além de garantir o funcionamento da entidade, os encontros servem para melhor instituir as lutas estudantis em todo país e para democratizar as decisões mais importantes. “Este é justamente o papel que a UNE não pode mais cumprir sob pena de prejudicar sua relação com o governo federal”, explica o panfleto do coletivo de estudantes que circulou na plenária e pretende fortalecer a ANEL dentro do Mackenzie e de outras universidades particulares.


 
Carta Capital - Reinvenção à margem da UNE
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Regulamentar ou não regulamentar, eis o projeto...

Tramita no Senado um projeto de lei para a regulamentação da profissão de historiador. Desde que foi colocado em pauta (agosto/setembro de 2009), discussões suscitaram na rede; ao que tudo indica será aprovado.

Há contras e favoráveis à regulamentação, por isso é interessante um posicionamento acerca do projeto (emendas não foram feitas).

Regulamentar ou não a profissão?
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Mensagem aos Calouros 2010/1

Bem-vindos Calouros!!!

O importante na vida universitária não compreende somente as disciplinas ministradas nos cursos, todavia a forma como o estudante utiliza espaço, tempo e conhecimentos proporcionados pela universidade. Por isso, os discentes devem atentar-se ao que ocorre em suas instituições e sempre pelejar por sua melhoria.

Nós do Cahis deixamos esse espaço aberto para divulgarmos e discutirmos não apenas assuntos relacionados ao nosso CA e à UFOP, mas também a tudo que envolve o curso de História. É de suma importância debater o que nos compete.

Participem!!!
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Planilha de repúblicas de Mariana

Para auxiliar os novos e velhos estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto, o CAHIS está disponibilizando uma planilha com a lista de repúblicas de Mariana. Tal lista ainda não está completa, porém ela será atualizada com frequência.

http://www.4shared.com/file/215349229/22f33203/planilha_republicas.html

Saudações!
Gestão "Disparada!" 2009-2010
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